terça-feira, agosto 07, 2007

Mijões não são milhões

A rua onde moro é muito tranqüila apesar de estar num dos bairros mais up´s da cidade.
Nos dias de semana à tarde, pouca gente nas ruas, só porteiros, e alguns meninos jogando bola. Tem igreja católica, evangélica, centro espírita e um monte de bar.
Outro dia fui no centro fazer doação de roupa usada (porque, entre outras coisas, guardar energia parada em casa dá azar) e quando saí de lá quase me bato com um homem que vinha em minha direção. Ele se assustou e fez um gesto brusco. Tomei o maior susto.
O sujeito que estava bem vestido, e não era nenhum garotinho, simplesmente vinha urinando pela calçada a passos largos. Quando topou comigo também se assustou e colocou bruscamente o instrumento (devo colocar o pênis? Não sei...) dentro das calças. Fiquei pasma. Depois falam que pobre é que urina na rua.
Ainda com raiva percebi um rastro comprido de urina: ele vinha urinando desde o início da rua, e não se deu ao trabalho nem de parar e se encostar a um canto.
Contudo, me deixa satisfeita que, ao me ver, de sopetão, ele tenha colocado o 'instrumento' para dentro da calça, e se molhado todo. Não iria mais poder ir até onde pretendia com tanta pressa. Foi inacreditável!
Inacreditável também é a deportação pelo governo brasileiro dos boxeadores cubanos que cometeram o horrível crime de querer escolher onde e como viver.
Fiquei espantada, também, de não ver o movimento(?) de Anistia e Direitos Humanos, sempre tão ciosa em defender os oprimidos, se pronunciar....
Por que será? me perguntei enquanto meu estômago se revirava, e precisei tomar um sonrisal. Talvez porque Cuba seja o Edén dos que não nasceram lá, só vão lá quando querem, e podem sair quando bem entenderem.
Na verdade, que péssimos cidadãos esses, que querem ser homens livres!!!
Também, talvez, porque Fidel Castro é uma religião, e fé, como todos sabem, não se discute. Pega mal.
Porque me lembrei do mijão (desculpem por colocar esse termo chulo, mas não encontro outro mais adequado) e do governo brasileiro?
Ambos me enojam.

Um comentário:

  1. acho que mijar na rua é uma coisa cultural da bahia que a gente vsai engolindo como a mais normal do mundo. O que não pode ser encarado como normal, e aí eu me enojo com você, é ver o giverno expulsar os cubanos e deixar os argentinos fazerem tanta mijada em nossa terra, pois, eles sim, são literalmente mijões nesta nossa terra urinada de cabo a rabo.

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