sexta-feira, outubro 23, 2009

Odeio gente sensível.
Esse pessoal sofre sem causa.

quarta-feira, setembro 02, 2009

Educadora, para mim, é outra coisa

A polêmica do momento em Salvador é a demissão de uma professora primária cujas imagens, dançando num pagodão, estourou no Youtube escandalizando os pais dos alunos da escola onde ela ensinava.
É pra escandalizar mesmo! Não só pela dança vulgar e quase pornôográfica, cujo tema era "enfia tudo", como pelas letras mais do que vulgares, um acinte à dignidade feminina, a qual a professora parece não dar a menor importância. Ou melhor, nem saber o que isso quer dizer...
Pensei em colocar uma das letras dos "pagodes" aqui, mas achei que não valia a pena divulgar, mesmo criticando, algo de tão baixo nível.
Uma educadora deve saber a importância do exemplo que deve dar aos seus alunos. E escolher o que quer ser afinal: uma professora, uma dançarina de músicas pornográficas, um pintora, uma funcionária pública. ETC. Não dá para misturar papéis tão discordantes.
A demissão foi justa. Soube que a professora apareceu dando entrevista em rede nacional dizendo que aquela dança faz parte da cultura baiana. Absurdo!!! Que a "Jackie" siga o seu novo caminho, pose para a Playboy continue dançando como bem lhe aprouver, ou até volte a ensinar se escolher a postura que uma educadora deve ter. Penso que nenhuma mulher que tenha bom senso, ou se respeite, dançaria ao som de letras que as desqualificam e à todo o gênero feminino.

terça-feira, agosto 18, 2009

Não gostei da festa em Cachoeira este ano



Este ano resolvi curtir o meu aniversário, dia de Nossa Senhora da Glória, em Cachoeira, no recôncavo baiano, onde todos os anos a data é comemorada com uma grande festa pela Irmandade da Boa Morte, criada por ex-escravas no século passado, e mantida pelas suas descendentes.
A festa atrai turistas de várias partes do mundo, mas como se passa na Bahia acontecem coisas inesperadas e fora do roteiro. Como por exemplo duas faixas afixadas nos prédios da irmandade, recuperados pelo governo do estado, há quase 10 anos e que ainda se mantém em bom estado.
Eu e meus amigos ficamos boquiabertos e ao mesmo tempo em que achamos o fato muito engraçado, achamos despropositado e inconveniente para a ocasião que em tese
deveria ser de devoção à mãe de Jesus, e portanto cristã.
Uma das faixas raivosas dizia:"Sebastião Héber, a diocese disse que voce não é padre coisa nenhuma.Vá celebrar suas missas no quinto dos infernos". A outra, não gravei, mas seguia o estilo raivoso e acusava o dito Heber de ter escrito tres livros "fuleiros" sobre a irmandade para se locupletar.
Curiosa, perguntei a várias pessoas quem era esse tal de Sebastião. quase ninguém o conhecia. Por fim, uma senhora me disse que era um padre recém-chegado. Não vou tomar partido nessa briga, mas as faixas no prédio ficariam melhor se colocadas em outro lugar
Lembrei-me da frase do ex-governador Otávio Mangabeira, avô de Mangabeira Unger, sobre a nossa terra e que hoje está até se tornando repetitiva. "Pense num absurdo que na Bahia tem precedentes".
O rancor e o desrespeito aos visitantes da autora das faixas enfeiou a festa que não foi como a dos anos anteriores. E a continuar esse clima baixaria não deverá durar mesmo muito.

quarta-feira, agosto 05, 2009

Trio Elétrico só no carnaval; e olhe lá!


Boa a iniciativa da Sucom de coibir a incivilidade em Salvador que nivela democraticamente ricos, pobres e remediados, brancos ,negros, e mulatos no desrespeito ao direito do próximo de viver pacificamente. Acho louvável,mas de pouco efeito o out-door colocado em vários pontos da cidade com a mensagem "Abaixe o som, aumente a paz". Onde os autores dessa mensagem pensam que estão? Na Europa?
Duvido muito que os motoristas, que fazem do som dos seus carros uma arma contra o bem estar da maioria dos soteropolitanos, se dê sequer ao trabalho de ler e interpretar o que o cartaz quer dizer. Prá começar, acho que além de já estarem surdos pelo altos decibéis a que estão acostumados, provavelmente não primam pela inteligência e não seriam capazes de dizer, por exemplo, qual a cor do cavalo branco de Napoleão.
Quem anda com o som estridente no carro causando incômodo e mal-estar por onde passa não pode, ao meu ver, ter sido beneficiado com uma boa quantidade de massa cinzenta.A barulheira é para evitar que sintam o vazio das suas mentes.
Se eu fosse o autor do out-door teria feito algo mais agressivo que lhes chamassem a atenção tipo uma foto-montagem de um carro com caixas de som bem grandes e um enorme X em cima com a frase "Trio Elétrico só no carnaval". Ou " Se você quer aparecer melhor botar uma melancia no pescoço e se vestir de Carmem Miranda."
Para esse tipo de gente propaganda educada não resolve.
Não chega até eles, sabem?

sábado, agosto 01, 2009

Chávez e a obrigatoriedade do diploma

A América Latina e suas ditaduras....
Porque acho que agora ninguém tem mais dúvidas que o companheiro Chávez é o que sempre pareceu ser aos menos românticos : Apenas um ditadorzinho fanfarrão? Prá mim toda ditadura, se diga de direita ou de esquerda, é uma forma de se locupletar e garantir o poder com menos esforço.
Afinal, democracia, discussões, debates, prá que essas coisas???Vamos manter os currais com os bois dentro. Bem trancados e sem chances de escapar.Tem coisa melhor do que se perpetuar (e aos seus) no poder?
Evidentemente, que essas coisas também acontecem nas democracias novas, e um pouco menos nas antigas, mas é certo que exigem mais trabalho.E tapar a boca da imprensa ,nós já sabemos há muito tempo, sempre foi uma das primeiras medidas a serem tomadas pelos tiranos.
"Prá que pensar? deixem que a gente pensa por vocês... Prá que falar? deixa que a gente fala o que vocês precisam escutar" e por aí vai...
Falando nisso, no controle da imprensa, ainda tem uma coisa que não sei: de quem foi o lobby para tirar a obrigatoriedade do diploma de jornalista.
A gente vê muita discussão na mídia. Há quem defenda a medida dizendo que a obrigatoriedade foi uma jogada da ditadura militar para ter um maior controle dos jornalistas. Agora, o que parece se querer é o controle, através do descontrole, possibilitando aos apadrinhados políticos -sim porque nenhum órgão de imprensa que se preze vai trocar um jornalista por um,nem dois,nem por três analfabetos na profissão, que exige técnica e ética.
Fico imaginando o que vai ter de assessor de comunicação nos cargos públicos brasileiros que não precisarão sequer saber escrever um O com uma garrafa. O importante certamente será o emprego e a quem eles estarão dando voz. No final das contas, não deu tudo no mesmo??? Quem levou, e leva a sério a profissão, é quem pagou o pato.

quarta-feira, julho 22, 2009

Com as bençãos de Lord Ganesha


É ótimo voltar a assistir novelas. Eu estava tristemente viciada nas séries de Tv a cabo Uglly Betty, CSI, Law e Order e Will Grace. Nada contra as séries americanas, muito bem produzidas e com um bom roteiro, mas cansei de ver os mesmos episódios se repetirem todos os dias. Já estava com saudade das novelas . Eu estava com saudade das novelas brasileiras, e me sentia uma ET sem saber o que estava acontecendo com Flora e Cláudia Raia, mas as novelas que geralmente eu assisto, que são as da Globo-que posso fazer se sou uma pessoa simples e com gosto popular?- eram insuportáveis de chatas. As atuais estão mais divertidas. Gosto especialmente de Caminho das Índias pois já aprendi a falar hare baba, tchai, tik,(engraçado como eles falam bem o português) e quando estou chateada desmaio ou ameaço me lançar num poço com uma pedra amarrada ao pescoço( mas nem no palacete de Opash tem água encanada?).
Verdade seja dita, estes últimos episódios estão muito legais, principalmente nas terças quando após a novela entram os Casseta e Planeta- Lord Ganesha que me perdoe estou fazendo propaganda para a Globo! Desculpem os meus amigos intelectuais e os adversários da rede, culpada por tudo de ruim que acontece no país desde 1964, mas ainda acho o programa engraçado. É a palhaçada da Palhaçada.
Neste momento, quero dizer que esta semana me sinto unida a todas as noveleiras do país que estão assistindo, com toda certeza, os lances mais esperados do folhetim: a desgraça de Raul Cadore. Gente, como é legal vê-lo catando lixo nas ruas! Como é que alguém pode criticar Glória Perez por ter tanta imaginação e propiciar vinganças tão justas que fazem as mulheres respirarem aliviadas: Hare Krishna !

sexta-feira, julho 10, 2009

Brincos de fumaça



De novo outra vez. Não é possível. Sim, é possível. Aconteceu de novo. Coloquei alguns brincos e anéis de prata para ferver com água e sal como aprendi em bate papos imprescindíveis com as amigas onde a gente conversa sobre tudo: do momento político, melhor filme em cartaz, nossas vidas, as vidas dos outros e os pequenos fatos e acontecimentos do dia a dia.
Estava no fim da revisão de um livro com 70 mil palavras que estou fazendo para um amigo perfeccionista que quase não deixa nada para revisar quando sinto um odor ácido de coisa queimando. Corro para a cozinha. Não são meus adereços que estão soltando fumaça. É a própria panela onde os coloquei e onde eles estão grudados. Droga!
Devem ter quase umas duas horas no fogo. Estão pretos. Não é que momentos como esses sejam incomuns em minha vida. Talvez seja por isso que não gosto de cozinha; a gente tem que ficar em alerta o tempo todo. Será que Gilmar Mendes tem razão? Que ser jornalista e exercer trabalho intelectual é a mesma coisa que misturar temperos? Não que eu esteja menos prezando o trabalho dos cozinheiros. Longe de mim. Acho que um bom cozinheiro (viu, Ricardo?) vale mil vezes mais do que mau juízes.
Mas, este não é o meu assunto de hoje. Os brincos queimados me remetem a quase 30 anos atrás, no Rio de Janeiro, onde morava na época. Minha amiga Celinha tinha ido passar o dia lá em casa e se ocupava com alguma coisa que não lembro quando vimos uma fumaça negra saindo da cozinha. Saíamos correndo e eu aos prantos vi que eram minhas lentes de contato, que na época custavam caro, e que eu tinha colocado para esterilizar. O estojo onde elas se encontravam derreteu. Minhas lentes derreteram, a panela foi para o lixo. Mas, a culpa foi de Tolstói. Celinha se dividia entre me consolar e achar engraçado. Eu estava solidariamente acompanhando a histórias de Anna Karenina, heroína russa, casada, cuja paixão fatal por um oficial acabou por levá-la para baixo das rodas de um trem(será que é isso mesmo? Faz tanto tempo. Eu era quase uma menina). Fiquei por demais entretetida com o romance, que li quase num fôlego só , torcendo por Anna, o que hoje 30 anos depois eu não faria mais.Quem manda ser burra?penso eu hoje.. .Aliás, ela está em minha galeria de mulheres idiotas de braços dados com Madame Bovary. Se quer trair, faça direito e não fique romantizando como se faz aos 17 ou 20 anos.É só um escape, um passatempo. Para um mulher infiel eu diria: deixe de ser imbecil; pense como um homem, como seu marido certamente terá pensando em alguns momentos do seu casamento.
Quero dizer que não sou adepta da infidelidade, nem da traição. Mentir dá muito trabalho, uma mentira puxa outra, e assim se acaba toda a sua tranqüilidade. Portanto, acho imprescindível que se saiba o que está fazendo e o porquê. Se é porque o seu casamento não está bom ou acabou livre-se dele e não precisará ficar mentindo, coisa mais chata. É claro que dizer a verdade sempre pode causar prejuízos irreparáveis para si e para os outros.Fiquemos então com as pequenas mentiras, educadas, que não prejudicam ninguém e que não lhe tiram o sono . Sim, porque as mulheres em sua maioria não suportam a pressão de viver mentindo nem de ir para cama com o marido estando apaixonada por outro. Sim, na cabeça delas isso é que é infidelidade.
Mas não sei por que estou falando nisso. Meus brincos, me levaram às minhas lentes que me levaram a Anna Karenina que me levaram às mulheres infiéis.Coisa que nunca fui porque nunca escondi nada do que fiz para os meus namorados, que é claro,não suportaram. Então, hoje, viver sozinha, é para mim extremamente libertário. Faço o que quero, na hora que tenho vontade, não engano nem magôo ninguém, não me violento tendo que mentir ou me esconder. Decididamente, não gosto de viver perigosamente. É bom. Muito bom. Mesmo queimando lentes, anéis e brincos.

sábado, julho 04, 2009

Antes tarde do que nunca


Finalmente, algo positivo nesta cidade: a Setad- Secretaria do Trabalho e Assistência Social da prefeitura está colocando em prática um programa que acredito ser de suma importância para resgatar a auto-estima do baiano. Não apenas dos envolvidos no projeto, mas de toda a sociedade.Numa parceria com o Ministério Público da Bahia e com a Fundação José Silveira, a Setad, comandada por Antônio Brito, colocou mãos a obras e iniciou um trabalho dificil e complicado que se der certo vai promover uma mudança que a sociedade deseja há muito: tirar mendigos, loucos e sem tetos da rua. Não para jogá-los num depósito qualquer, mas para tentar ressocializá-los integrando-os à sociedade.
Uma utopia? Parece, mas se não se tentar nunca se vai saber. Obviamente, nem todos os moradores de rua querem sair dela, porisso o trabalho é ainda mais complicado. Médicos, enfermeiros,psicólogos, e assistentes sociais entre outros profissionais estão envolvidos no processo que começa com a abordagem e convencimento dos sem teto de perspectivas melhores de vida.
As crianças e adolescentes são alvos prioritários do programa que está dividido em 11 árease que tem o Centro Histórico como um dos seus pontos principais. Até o final do ano, a Secretaria pretende lançar uma campanha para envolver toda a sociedade baiana. É ingenuidade e até burrice acreditar em qualquer tipo de desenvolvimento, se a melhoria da qualidade de vida não for extensiva a todos os segmentos sociais.
Já passou do tempo de buscar salvadores da pátria e colocar a mão na massa.

Na foto de Margarida Neide, distribuída pela Setad, o prefeito João Henrique, o secretário Antonio Brito e o procurador Lindinalvo Brito no lançamento do projeto

quinta-feira, julho 02, 2009

Nasce o sol a Dois de Julho.....


Hoje dei uma entrevista para a Band. Estava em frente à Igreja do Carmo assistindo o desfile do Dois de Julho quando um repórter, muito jovem, aproximou o microfone para me entrevistar. Minto. Não foi bem assim. Ele colocou o microfone na boca de uma menina e perguntou qual a importância do Dois de Julho. Ela, inibida, não quis falar. Respondi por ela: “A importância está no fato da independência do Brasil só ter se dado realmente após a expulsão das tropas portuguesas do Brasil, expulsas pelos baianos em 1823. A independência não aconteceu à margem do Ipiranga. Correu sangue por aqui.” Então, ele perguntou se eu estava ali para cumprir um dever cívico. E eu disse que para mim , estar ali não era dever era prazer.
De fato, o Dois de Julho com a Lavagem do Bonfim são as minhas preferidas do calendário de festas baianas. No Dois de Julho, curto o que acho a desorganização mais organizada do mundo. Posso estar sendo exagerada, mas duvido que tenha outra festa igual: pessoas de diferentes níveis sociais e tendências políticas, preferências sexuais, e nacionalidades, todo mundo num cortejo sem cordas com lugar para protestos, declarações de diversos tipos e muita ,muita ,alegria. Até os doidos se sentem à vontade para participar do dançando, cantando mostrando suas faces sofridas, e seus corpos marcados sem que ninguém os incomode ou diga que não deveriam estar ali.
As filarmônicas, bandas militares, fanfarras e as bandas escolares são um caso à parte. Os garotos e garotas vestidos com roupas de gala, de tecidos não muito caros, levam à sério o papel que lhes cabe seja tocando um instrumento ou fazendo coreografia. Todos arrumados, produzidos e muito dignos . Vi um louco dançar até cansar o cinegrafista que o filmava. E com muito ritmo. Quase nu, de sapatos, meias pretas até o joelho, uma cueca marrom com um galho de arruado, ele “quebrou” como se diz por aqui .“ Coitado, não tem nem orelha” disse uma mulher se referindo ao corpo cheio de cicatrizes e à falta de uma das orelhas do sujeito, que drogado ou não, mendigo ou não, maluco ou não ,estava feliz e dançou muito.
“É difícil uma pessoa de fora entender isso aqui”, observou uma amiga ao meu lado.
É verdade, pensei. Isto é uma mistura de provincianismo e universalidade, de deboche, de anarquia, e principalmente de democracia e de respeito às tradições. No cortejo sai quem quiser do jeito que tiver vontade- só não vale agredir aos outros, nem jogar ovos no prefeito como aconteceu hoje.
No meio do desfile um grupo passou tocando instrumentos de percussão.”Quanto quer apostar que eles são gringos”?, indagou um senhor. De fato, eles eram gringos de diferentes nacionalidades. Estavam um pouco fora do ritmo, porém completamente dentro do espírito da festa.
Depois de duas horas vendo passar mais gente conhecida que estranha, ver duas amigas em companhia do delegado Protógenes, fomos almoçar no restaurante de Celina, no Pelourinho. Ela se queixou da falta de apoio do governo estadual. Aliás, os comerciantes do Centro Histórico não morrem de amores pelo governador Jaques Wagner, nem pelo seus secretários de Turismo e de Cultura aos quais atribuem o abandono a que o local, patrimônio da Unesco, está relegado. Colocaram até um palco no Terreiro de Jesus para apresentação de música, coisa que nunca vi no Dois de Julho, com um apresentador louvando “a grande festa” patrocinada pelos secretários
“Me bata uma garapa”, falou dona Lucinha. É s.... ... ! Esses indivíduos querem fazer a gente de besta...Desde quando o Dois de Julho é organizado pelo governo? Se assim fosse não ia prestar, e ainda por cima por esses paspalhos que só fizeram desfazer o que estava bom, e não fizeram nada que valesse a pena botar no lugar não iam acertar a mão numa festa dessas proporções” resmungou.
Encontramos mais um monte de amigos, inclusive um grupo de jornalistas vestindo uma camiseta onde colocavam a venda o diploma da profissão(culpa de Gilmar)...
-Quem quer um diploma que já não vale nada? Quero é uma camisa dessas, brinquei.
-Você não quer comprar, mas quer vender , né? rebateu Diogo Tavares, autor da gracinha executada de última hora na calada de ontem `a noite....
É o Dois de Julho...Intelectuais, estudantes, sociólogos, profissionais liberais, donas de casas, políticos, desocupados, desempregados, patricinhas, mauricinhos, mendigos, malucos, representantes da sociedade baiana se encontram e dividem espaço numa festa com muito som, muitas cores e muita vibração. O que mais dizer? Viva a Bahia!
(Por que os outros estados não comemoram esta data? O Dois de Julho deveria ser uma festa nacional)

quinta-feira, maio 28, 2009

Bombril: 1002 utilidades?????

O livro "Surdez das Empresas: Como ouvir a sociedade e evitar crises", organizado pelo jornalista Francisco Viana, teve seu lançamento suspenso - sob pena de multa diária de R$ 50 mil - por conta de uma liminar impetrada pela Bombril. Publicado pela editora Lazuli, o livro traz um case inédito sobre a recuperação judicial da empresa, relatado por José Bacellar, ex-diretor-presidente e ex-membro do conselho de administração da Bombril.
A decisão partiu do desembargador Guimarães e Souza, Juiz de 2ª instância e relator do processo, que corre na 29ª Vara Civel de São Paulo. Anteriormente, a juiza Valéria Maldonado tinha indeferido a solicitação da Bombril de, além de supender o lançamento do livro, marcado para esta terça-feira (26), proibir a sua circulação com a expressão "Bombril, bem como a abstenção de sua veiculação/circulação em qualquer meio de comunicação.
No capítulo "Bombril, das páginas policiais à recuperação econômica", ele comenta o período entre julho de 2003 e julho de 2006, em que a empresa foi administrada judicialmente, e conta a estratégia de comunicação corporativa adotada pela equipe responsável por tal administração.
No entanto, apesar de o texto ser focado na estratégia de comunicação para cuidar da imagem da Bombril durante o período de intervenção da Justiça - quando a mídia produziu uma cobertura negativa sobre o assunto -, Bacellar conta situações como o conflito entre o então proprietário da Bombril, o empresário italiano Sérgio Gragnotti, e o acionista Ronaldo Sampaio Ferreira, filho do fundador da empresa.
A Bombril Holding era a então controladora da Bombril S.A.. A segunda comandava efetivamente as atividades da empresa e esteve sob administração da Justiça por três anos. O ex-diretor presidente considerou no texto que a guerra da Bombril com a Bombril era "surreal".
"Parece surrealismo, mas é a realidade: a Bombril S.A. entrou com ação judicial contra a sua controladora, a holding que leva o nome Bombril, na 10ª Vara de São Paulo, em março de 2005. O objetivo era recuperar créditos de R$ 207 milhões de empréstimos, concedidos para a empresa de Sérgio Cragnotti e que não haviam sido pagos", diz no texto.
Ao Portal IMPRENSA, Francisco Viana - que é colunista da revista IMPRENSA - afirmou que convidou Bacellar para preparar o case porque este "foi um grande caso de relacionamento com a mídia, um trabalho inédito de aliar comunicação e gestão. Não é um case de denúncia, é uma história comentada a partir da crise vivida pela empresa".
"Eu descobri que a Bombril tem 1002 utilidades", comentou o jornalista. "A empresa está preocupada em combater os valores republicanos e democráticos e impor censura à liberdade de expressão. A Justiça vai prevalecer e garantir os direitos à sociedade", declarou.
A reportagem entrou em contato com a Bombril, mas ainda não obteve resposta.



(O texto acima foi divulgado através do Portal Imprensa)

Educação ou cadeia! Assim, não dá prá continuar!



Li no site do colega Tasso Franco, o "Bahia Já", nota sobre o assassinato de uma garota de 16 anos, em Coité, por um adolescente de idade igual a sua. O crime ocorreu durante uma discussão motivada pelo som alto do carro onde o adolescente assassino se encontrava. A família da garota reclamou e ele atirou a esmo, de dentro do carro, matando a menina e baleando sua mãe e irmão.
Tenho tido pouco tempo e muita preguiça para esse blog, mas como quem o lê sou eu mesma e uma dúzia de amigos, não tenho sido muito disciplinada (meus amigos que me desculpem, e sei que o farão). Mas se o crime em si já é uma barbárie, o motivo é de uma futilidade e falta de civilidade atroz.
O que adianta proibir som alto em veículo se a proibição não gera nada de concreto? Quantas vezes nas nossas casas não nos sobressaltamos com o barulho oriundo de veículos que passam que mais parecem trios elétricos?
E isso a qualquer hora do dia e da noite...
Até quando nós baianos temos que nos comportar como selvagens em terra sem lei e sem respeito aos outros?
Olha, me batam uma garapa. Cansa tanta falta de educação, selvageria e ignorância !!!!

domingo, abril 12, 2009

Passagens e passagens......





Nos inclinamos perante o enigma indecifrável, mas é também uma ocasião preciosa para entender qual é o valor e o significado da vida". Católicos ou não, temos uma cultura que, de alguma forma, espiritual ou material, celebra a Páscoa. Quando eu era criança, lembro que lá na minha sobrevivente Canudos os mais velhos jejuavam na Sexta-Feira da Paixão, as imagens dos santos passavam toda a Quaresma cobertas de roxo e as crianças iam tomar a bênção aos padrinhos. Crescemos sabendo que na Páscoa se lembra a morte de Cristo, mas, principalmente, sua ressurreição. Pra mim, é esta a beleza da Páscoa. Desde os cultos pagãos, ela é uma celebração que nos ensina que sobrevivemos à morte. Naquela menina que ficava curiosa pra ver, no Sábado de Aleluia, os santos descobertos do véu roxo estava sendo sedimentado este modo de ver a vida. Mas nenhuma Páscoa me marcou tanto quanto esta. As imagens de destruição na cidade medieval de Áquila, numa Itália tão católica, tornam esta uma Páscoa muito simbólica. Pelo menos praquela menina, que ficava feliz vendo os santos descobertos depois da sexta-feira santa, pensar que igrejas tão antigas, como a Basílica de Santa Maria di Collemaggio, cuja abóbada caiu sobre o local onde se encontra o túmulo do papa Celestino 5º, a Igreja das Almas Santas, e outras daqueles povoados onde as igrejas deviam ser tão importantes como aquela da minha infância, também destruída, esta é uma Páscoa muito especial. Mas a cerimônia dos funerais das vítimas do terremoto, numa sexta-feira da paixão, excepcionalmente autorizada pela Vaticano num dia onde a igreja não celebra missas, foi o mais marcante. Aqueles mais de 200 caixões alinhados. Aqueles caixões brancos. A solidão daqueles que ficaram. E a ideia de que essas pessoas vão ter que recomeçar. Sem casa. Sem família. Sem boa parte da história. E sem conseguir decifrar o enigma. Onde estão os que se foram naquela madrugada? É a Páscoa. Para os cristãos. Mas também pra pagãos. É só estar atento aos sinais. A frase lá de cima foi da homilia do cardeal Tarcisio Bertone, o representante do papa naqueles funerais da sexta-feira. Preciosa pra qualquer um que queira encontrar o sentido da Páscoa.


Como diz minha amiga Dóris Abreu ando muito pragmática. Socorro Araújo, jornalista e autora da cronica acima, está sempre poetizando as coisas. Me lembro da Páscoa, dos rituais, das comidas e do sentimento de culpa. Jesus morreu para me salvar. Sempre senti repulsa à imagem do Cristo ferido e sangrando. Se eu pudesse tiraria essa imagem do calendário cristão. A Páscoa me lembra também uma frustração de infancia: filha de uma protestante com um gnóstico nunca fui anjinho apesar da influência de minha avó paterna extremamente católica. Mas como diz a Páscoa, passagem, o ideal é que estejamos sempre nos transformando em pessoas melhores . Que nossa vida seja sempre uma passagem!

segunda-feira, março 16, 2009

Psicologia e Universo

A Fundação Lar Harmonia , uma instituição beneficente que há mais de 15 anos vem desenvolvendo importantes ações em benefício de comunidade expostas ao risco social da cidade de Salvador, realiza nesta quinta-feira o lançamento do livro “Psicologia & Universo Quântico” de autoria do psicólogo Adenáuer Novaes.
O evento consistirá de uma apresentação artística, de uma palestra do autor sobre o tema e no final estará disponível para os autógrafos. Psicologia e Universo Quântico é um livro que trata do Universo como algo que recebe a contribuição da mente humana, sem a qual nada faz sentido.
Neste livro o leitor se descobre participante ativo na construção do Universo à sua volta. A Fundação mantém um projeto Educacional através de duas unidades de ensino, atualmente atendendo a 450 crianças/jovens, mantém um Complexo de Oficinas Profissionalizantes, um Trabalho de Promoção Social destinado às famílias assistidas pela Fundação, os Núcleos: de Psicologia, Jurídico e de Cidadania e o Médico destinados às comunidades beneficiadas. Todos os projetos são gratuitos.
Psicologia e Universo Quântico é o 15º. livro editado pela Fundação Lar Harmonia de autoria de Adenáuer Novaes, e como aconteceu com os demais livros, os direitos autorais foram integralmente cedidos pelo autor à Fundação em benefício das obras sociais.

sexta-feira, fevereiro 27, 2009

Que Deus me livre dos micos, sempre que possível...

Tenho que admitir: graças a Deus tenho um anjo da guarda eficiente. Deve ter sido ele que me fez apagar inadvertidamente um artigo que escrevi para este blog tomando as "dores" da brasileira que disse ter sido agredida por neo-nazistas na Sauíça e perdido no ataque o casal de gêmeos que esperava.
Que mico. A imprensa suíça tem razão numa coisa: a gente não investiga os fatos antes de explodir em emoção em frente a determinadas notícias.
Depois de tudo, a história de Paula Oliveira parece inconsistente demais.
Aqueles traços certinhos realmente só poderiam ter sido feitos com muito cuidado coisa que os grosseirões animalizados não têm.
Tou morrendo de pena do pai dela. Mas, pai e mãe é para isso mesmo,né? Ajudar os filhos nas horas de necessidade; mas , que uns tapas em Paula quando criança ( e um bom psicanalista) diminuiriam bastante o problema dela,olsinha. diminuiriam....E fama da mulher brasileira no exterior piora cada vez mais graças a Paula e às meninas que vão para a Europa rodar b olsinha- embora eu sempre diga que só há oferta onde existe clientela...
Então.....
Mas , é uma coisa muito chata mesmo para nós, não é?

terça-feira, fevereiro 10, 2009

Preciso de um remédio para hipocondria...

Eu já desconfiava que era um pouco hipocondríaca. Mas, como em qualquer outro tipo de doença mental, a gente nunca tem certeza.
Voltei a tomar aulas de Yoga para alongar a coluna e relaxar, mas senti dificuldades em fazer alguns exercícios. Em alguns momentos parecia que eu não tinha feito digestão e que a comida estava fazendo o trajeto inverso do meu estômago para a boca. Aliás, parecia que ela nem chegara ao estômago. Por algum motivo ficara presa no esôfago. Minha mestra, quando me queixei, diagnosticou: refluxo.
A palavra foi como uma luz no fundo do túnel esclarecendo tudo que eu sentira nos últimos tempos. A sensação de um bolo no peito que de vez em quando subia para a garganta, e ficava brincando de sobe e desce me levando a tomar todas as espécies de chás amargos criados pela Mãe Natureza.
Fui para o Google estudar o “ meu refluxo”, mas os sintomas não batiam. Resolvi ir a um gastroenterologista que me mandou fazer uma endoscopia. Fiz. O resultado deu gastrite crônica superficial (não era refluxo?). O médico disse que não era causado por bactéria, não tinha nada a ver com o meu bolo no esôfago , sugeriu que fosse um problema emocional , e perguntou se eu estava muito preocupada ou ansiosa. Eu respondi que não estava diferente do meu natural estado normal: estava ansiosa e preocupada como sempre. Ele sorriu e prescreveu mais uma caixa do medicamento que me passara anteriormente. Pensando bem, até que meu mal-estar tinha melhorado nos últimos dias, mas o bolo continuava lá me impedindo de ser uma pessoa leve, relaxada, vendo a vida passar como uma nuvem cor de rosa.
Fiquei com raiva. Pensei que o gastro fosse descobrir a causa das minhas náuseas e já criticava mentalmente as dezenas de outros médicos que já havia consultado.”Veja só, fui a tantos especialistas e foi a minha professora de Yoga quem descobriu que eu tinha refluxo”.
Quer dizer que eu não tenho refluxo? E que diabo é isso que fica preso em minha garganta? Palavras que eu quisera dizer e não disse? Duvido muito. O auto-controle verbal não é o meu forte.
Mas, que droga, e os psiquiatras para que servem??? Não existe remédio para hipocondria?

domingo, janeiro 25, 2009

A UNE que já nos uniu, quem diria......

Esta semana, a UNE reuniu milhares de estudantes em Salvador para discutir Cultura. De fato, se há um lugar no mundo onde o tema possa ser vigorosamente discutido e vivido na prática é esta cidade.
Quem não gostaria de participar de um encontro na mais festiva das cidades brasileiras, em pleno verão, a apenas algumas semanas do carnaval?
O encontro, intitulado de VI Bienal da UNE, sob o tema "Raízes do Brasil, formação e sentido do povo brasileiro" terminou hoje. Ao passar pelo bairro de Ondina, vinda da praia, vi um trio elétrico com bandeiras da UNE e um monte de jovens ansiosos na expectativa de realizar o sonho de grande parte dos brasileiros de sua faixa etária que é a de pular atrás do trio elétrico.

"Cruzes, parece a década de 70. Quanto bicho grilo", pensei. Lembrei de meus anos de Universidade Federal da Bahia, a UNE na ilegalidade, e os encontros que bem ou mal eram realizados por estudantes em vários estados do país. Era o maior bochicho. Nunca fui. Meus pais não permitiam, e como eu dependia economicamente deles me conformava. O chato era ouvir as narrações dos amigos na volta, que iam da hilaridade ao surreal. Era muita diversão. Hoje me pergunto, se ansiosa do jeito que sou suportaria fazer aquelas viagens que duravam de um a três dias em ônibus velhos, que iam quebrando pelo caminho. Não sei não.
Bom, falar em curtição na Bahia é a mesma coisa que falar que a rua fica molhada quando chove a programação da meninada foi um arraso: espetáculos como o Cordel de Fogo Encantado, trio elétrico de Armandinho, Dodô e Osmar, show de Marcelo D2, rappers e outros shows fizeram parte desses dias de felicidade da Bienal que contou ainda com apresentação de projetos artísticos de estudantes, entre vídeos, fotografias, instalações, peças de teatro, bandas de música e obras literárias.Não poderia ser diferente. Onde há encontro de jovens vivendo um clima de normalidade democrática tem que ter festa, mas teria que ter também protestos. O que será que aconteceu? Saímos da pobreza, não temos mais problemas? Finalmente, alcançamos o sonho de Justiça Social?Que coisa estranha! Mais estranho ainda foi quando percebi um out-door da UNE na entrada do campus da UFBa onde estava escrito: "Não às cotas!"

O que? Não acreditei. Não li nada sobre isso na imprensa local...A UNE é contra o sistema de cotas? Então, esses meninos que estudam em faculdades públicas, têm dinheiro para viajar, e, podem se dar ao luxo de curtir o verão em encontros subsidiados pelo governo, acham que cota é privilégio? O que será que propõem? melhor educação para todos?
Sim, é um direito da população uma obrigação do Estado, mas não pode acontecer como num passe de mágica. E até lá? É preciso apertar o passo e dar a outros jovens, que não estudam em escolas particulares e sim em escolas públicas descompromissadas, a chance de entrar numa universidade pública, a oportunidade de poder fazer um curso superior gratuito. Certamente, eles não vão ter grana sobrando para participar de bienais e encontros da entidade em outros estados, mas terão assegurado o direito de sonhar com uma vida adulta diferente da realidade em que vivem, e mudar o rumo dos seus descendentes.Afinal, para que serve a UNE hoje em dia? Para distribuir carteirinha de estudantes?

terça-feira, janeiro 06, 2009

De Gaza para Salvador

Não consigo deixar de falar dos out-doors (ou sei lá o que é aquilo) do Curso de Pré-Vestibular Análise. Já repararam? Eles são colocados geralmente em pontos de ônibus. O título é "Os deuses da aprovação" e os professores, com os nomes embaixo, aparecem vestidos com togas, como deuses gregos ou romanos, em poses cinematográficas. Minha irmã, professora de inglês, disse que demissão é um favor comparado a tal ridículo. Eu também acho.
Onde é que essa agencia estava com a cabeça( se é que foi uma agencia que bolou esta bobagem)?
Como os professores podem ter topado participar desse circo? Afinal, espera-se que professores tenham auto-estima.
Por favor, gente!!!!

sábado, janeiro 03, 2009

O Hamas brinca com Israel

Não pensem que apoio o Hamas. Acho que são terroristas quando atacam civis . Mas, não posso dizer que o governo israelense também não seja, quando mata centenas de inocentes nos seus ataques .
Sinceramente, não aguente mais ver o noticiário. A situação no Oriente Médio não muda nunca. É sempre cena de guerra, sangue, dor e lágrimas. É uma doença cronica, é uma burrrice. Todos perdem.
O Hamas, do seu próprio ponto de vista, ganha pontos, quando com os seus foguetes, consegue manipular o estado judeu, que responde exatamente do jeito que eles querem, deixando a população mundial indignada com o massacre de inocentes.
A guerra entre judeus e palestinos atrai a mídia como moscas no mel, e me pergunto porque o mesmo não ocorre com alguns países africanos, em eterna guerra civil e tribal, onde comunidades inteiras são massacradas. Esta semana peguei uns filmes para assistir no feriado. Um deles foi "Diamante Negro" sobre a guerra em Serra Leoa. Na primeira cena , quando guerrilheiros invadem uma vila de pescadores e começam a mutilar homens e mulheres, dei um stop. Não era o tipo de filme que que quisesse assistir no início do ano. Prefiro filmes ficcionais, que se baseiem apenas na imaginação dos roteiristas e que sejam, preferencialmente, engraçados. Se quiser ver desgraça e tragédia é só procurar noticiários de TV e da internet.
Sim, mas voltando ao Hamas. O que o favorece é o fato da mentalidade dos governantes judeus ser igual a desses militantes. É fácil para eles prever a reação uns dos outros.
Também não acho justo culpar o povo israelense por esse estado de coisa. Tem muita israelense que é contra a posição governista e quer alcançar a paz: são as "pombas" ,que não têm a força dos "falcões". Do lado palestino também tem.
Com as devidas proporções parece briga de irmãos: só de birra! Prá não dar o braço a torcer.
Só que nesse caso, estão em jogo vidas humanas . Não vencerá o mais forte. Vencerá o mais esperto, aquele que conseguir trazer a comunidade internacional para o seu lado. E, com certeza, do jeito que está acontecendo, não vai ser o Estado de Israel.