domingo, janeiro 28, 2007

Sozinho com o mar



Gostei muito desta foto que o meu filho tirou, no Rio Vermelho, para a aula de fotografia da faculdade.
O homem sozinho sobre a pedra passa segurança. E auto-dominio.
Eu teria coragem de ficar sobre uma rocha no meio do mar?
Não. Não sou páreo para as águas..........

sexta-feira, janeiro 26, 2007

"Probremática" é a educação no Brasil

Nunca tive muito saco para esses pagodes que assolam Salvador e que retratam o que a cidade, como o país de modo geral, tem de pior. A falta de educação básica das camadas mais pobres da população.
Não se pode negar o swing e o talento musical dos baianos, mas a letra das músicas não é só um acinte ao bom gosto, mas uma razão para nos envergonharmos.
Um dos hits deste verão baiano é uma nova banda, cujo nome não me lembro, nem me interessa e que tem como carro chefe um pagode cujo refrão principal é “ela é probremática”. “Probremática” sim, com o rê no lugar do lê.
Quando a gente ouve pessoas falando errado, ou cantando com erros de português é revoltante. Gravação num CD então é de matar de raiva. Penso que deveria ser caso para processo. Proces-so em defesa da língua, dos nossos ouvidos, das escolas.
Afinal, será que as gravadoras não podem sequer sedar ao trabalho de, ao menos, orientar os 'artistas' e mostrar como se fala corretamente? Banaliza-se a mediocridade, a ignorância, e a falta de respeito com a arte. Os erros e os vícios de linguagem são vistos como normais, populares...E ainda há os que chamam de elitistas os que criticam essa miserabilidade intelectual.
Um colega vendo minha indignação pergunta:”Você não sabe que aqui na Bahia quanto pior , melhor?”
“Daqui a pouco eles estão no programa de Faustão com aquele auditório debilóides gritando também ela é probremática”....
É bem possível. É só lembrar da boquinha da garrafa e de outras “pérolas” do pagode da Bahia.
Bororó, bororó.... Bororó, bororó...

sábado, janeiro 20, 2007

Sem tolerância


foto: Hieros Vasconcelos
Aieska, educadora e amiga, me mandou uma ressalva: o seqüestro de nossa colega jornalista durou três horas e felizmente ela saiu sem um arranhão.
Fico feliz por isso, mas continuo em um quase pânico insidioso.
A insegurança não deixa margem à tolerância.
Salvador não merece isso. O povo baiano não merece isso, e os próprios criminosos poderiam ter uma vida decente.
O que será que podemos fazer, de fato, efetivamente, com resultados concretos?

domingo, janeiro 14, 2007

Salvar Salvador!


“A liberdade consiste em saber que a liberdade está em perigo”.
Emannuel Lévinas



Duas amigas assaltadas esta semana.
Uma, médica, voltava para casa após um dia de trabalho e ao parar numa sinaleira naorla da Pituba às 22 h, foi surpreeendida ao ter o vridro do seu carro quebrado por um marginal que pegou a sua bolsa e fugiu.
Com a outra, jornalista, foi pior. Vítima de um seqüestro relâmpago, foi deixada de madrugada na região das Ubaranas, também na Pituba, após ficar no porta-malas do carro por 5 h rodando com os bandidos. Antes de tomar tino da situação e pedir ajudar, foi abordada por outros assaltantes que a esmurraram e fugiram com a sua bolsa.
Que já estava vazia.
Estamos vivendo uma situação de barbárie. Não existe mais uma cidade grande no Brasil onde se possa viver com tranqüilidade.
Falta segurança. Falta punição. Falta prevenção.
Quando os ladrões são crianças ou adolescentes os policiais não se dão ao trabalho nem de ouvir as queixas. Não adianta ter o trabalho de pegá-los para serem soltos em seguida.
As leis brasileiras não são feitas para o Brasil. São feitas para um país utópico qu está bem longe de ser o nosso. São leis humanas, bonitas, mas inúteis e inviáveis.
Lei é para ser respeitada e usada. E não para o Primeiro Mundo ler.
Principalmente porque o pessoal do Primeiro Mundo é esperto e faz leis adequadas à sua realidade.
È preciso buscar uma solução urgente para a insegurança na Bahia, no Rio, no país.
Soluções de ordem prática e que atinjam várias frentes: policial, da Justiça e social.
Chega de continuarmos reféns da inoperância, do proselitismo, da incompetência, e da sorte!
Me dói muito ver Salvador entregue à bandidagem.