sexta-feira, janeiro 26, 2007

"Probremática" é a educação no Brasil

Nunca tive muito saco para esses pagodes que assolam Salvador e que retratam o que a cidade, como o país de modo geral, tem de pior. A falta de educação básica das camadas mais pobres da população.
Não se pode negar o swing e o talento musical dos baianos, mas a letra das músicas não é só um acinte ao bom gosto, mas uma razão para nos envergonharmos.
Um dos hits deste verão baiano é uma nova banda, cujo nome não me lembro, nem me interessa e que tem como carro chefe um pagode cujo refrão principal é “ela é probremática”. “Probremática” sim, com o rê no lugar do lê.
Quando a gente ouve pessoas falando errado, ou cantando com erros de português é revoltante. Gravação num CD então é de matar de raiva. Penso que deveria ser caso para processo. Proces-so em defesa da língua, dos nossos ouvidos, das escolas.
Afinal, será que as gravadoras não podem sequer sedar ao trabalho de, ao menos, orientar os 'artistas' e mostrar como se fala corretamente? Banaliza-se a mediocridade, a ignorância, e a falta de respeito com a arte. Os erros e os vícios de linguagem são vistos como normais, populares...E ainda há os que chamam de elitistas os que criticam essa miserabilidade intelectual.
Um colega vendo minha indignação pergunta:”Você não sabe que aqui na Bahia quanto pior , melhor?”
“Daqui a pouco eles estão no programa de Faustão com aquele auditório debilóides gritando também ela é probremática”....
É bem possível. É só lembrar da boquinha da garrafa e de outras “pérolas” do pagode da Bahia.
Bororó, bororó.... Bororó, bororó...

Um comentário:

  1. Não será por a menina que eles cantam ser pobre?
    Brincando. Vc tem razão. Mesmo vendo as coisas com distância.

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