sábado, dezembro 29, 2007

Nasci na Bahia para me aperfeiçoar

Dizem os hindus ( ou serão os budistas?) que a cada encarnação temos que adquirir uma virtude até que nos tornemos perfeitos.
A partir desse princípio, eu ainda tenho várias encarnações garantidas.
Nesta , com certeza, a que acho mais dificíl de adquirir é a paciência.
Deve ser por isso que nasci baiana. Ontem, nos Correios , quase tive um xilique.
Meus Deus, parecia um concurso de lerdeza.
Uma fila enorme e três caixas trabalhando como se pesar e selar um envelope fosse um problema de alta complexidade.
Comecei a reclamar, pois não me controlo.
Quando chegou a minha vez calei-me, pois os caixas apesar de moles eram muito simpáticos.
Fiquei me sentindo uma maluca por ter sido a única a protestar e, quem sabe, ter ofendido pessoas tão gente boa, que estavam fazendo o trabalho do modo como lhes era exigido por outros lerdos.
A começar pelo gerente.
Coloquei minha carta e fui embora irritada ( nem todo mundo tem e-mail gente).
Encontrei outras filas no caminho e todas morosas.
O que eu podia fazer além de ficar batendo ritmadamente o pé no chão?
Enfim, consegui cumprir todas as obrigações que me determinara e voltei para casa.
Exausta.
A moleza me cansa ( por favor, não confundam moleza com preguiça: baiano gosta de trabalhar, desde que não seja funcionário público, mas isso é igual em todo o Brasil. Eu detesto quando algum palhaço diz que baiano é preguiçoso). Aqui a única coisa que passou rápido foi 2007.
Mas, entre outras coisas, desejo que o Ano Novo me faça mais tolerante e menos impaciente.
Nem que para isso eu tenha que me entupir de Lexotan.

Um comentário:

  1. Anônimo5:31 PM

    Aurora, adorei
    ah e a lerdeza baiana irrita mesmo

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