domingo, março 12, 2006

Ah, Sosígenes..e eu nem sabia que você existia...

Descobri Sosígenes Costa bisbilhotando num stand da Empresa Gráfica da Bahia. O livro, um estudo de Gerana Damulakis sobre ele, chama-se “Sosígenes Costa, o poeta grego da Bahia”. Não o conhecia. Sua obra vai de 1921 a 1960. Poeta de altíssima qualidade.
Gostei especialmente deste soneto que transcrevo agora:

Emendando um soneto

Eu matei meu amor e foi bom que o matasse
Meu amor era um lírio e eu não gosto de lírio.
Se ele fosse a madona, eu talvez me casasse
Para o amor me adorar e eu gozar-lhe o delírio.

Eu matei meu amor sem beijá-lo na face.
Meu amor era um lírio e eu não gosto de lírio.
Se ele fosse o meu anjo, eu talvez me casasse
Para vê-lo fumando e descendo do empíreo.

Ninguém sabe quem foi meu amor que matei.
Era o anjo da morte?Era a filha de um rei?
Este crime é um mistério... e é bonito o mistério.

Este segredo azul pus num cofre sidério
Mas em suma eu fiz bem em matar meu amor,
Porquanto ele era um lírio e eu não sou beija-flor.


Por falar em grego, recebi mensagem de Stela Alves, fotógrafa amiga e ex-colega de reportagens e de aventuras na Tribuna da Bahia, quando éramos quase meninas. Hoje, ela vive na Alemanha. O e-mail com o seu site era um presente com fotos da Grécia.
Que azul lindo o daquele mar ...
Mas, falar em mar, não tenho inveja. Hoje à tarde andei na praia, tomei banho na água verde acinzentada gelada por uma frente fria, que ,segundo o Serviço Meteorológico, deve chegar esta semana.
Foi tão bom.................

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