sexta-feira, dezembro 12, 2008

Uma estátua para Jorge


Acabei de ler no jornal sobre uma homenagem prestada pela prefeitura do Rio ao baiano Dorival Caymmi . Um dos músicos mais importantes da Bahia ( celeiro de artistas, sem querer ser clichê, mas sendo) Caymmi merecidamente ganhou uma estátua no calçadão de Copacabana, bairro onde morou por 30 anos.
E, vendo isso, fico perplexa com o descaso do governo do nosso estado para com um dos maiores escritores brasileiros, e um dos mais conhecidos mundialmente: Jorge Amado.
As obras e objetos do escritor , que tornou a Bahia conhecida mundialmente em seus cerca de 60 romances, teve que ser leiloada pelos herdeiros no Rio de Janeiro por falta de interesse do governo baiano. É inacreditável! Como isso é possível?
Lembro que durante uma viagem que fiz a Portugal em 2004 , após ter ganho um prêmio da Salvatur, estava num supermercado quando uma moça se aproximou de mim e puxou conversa. Eu disse que era brasileira, ela, portuguesa de uma das ex- colônias, me perguntou de que lugarl eu era. Quando disse que era da Bahia, ela exclamou entusiasmada: “Bela terra!”
“Você conhece?” perguntei. E ela: “Não, mas li os livros de Jorge Amado”.
Pois é. Não entendo essa atitude do governo baiano. Me parece ser uma vingança relacionada às ligações do escritor com governos anteriores, adversários do atual. Se for, é muita pequenez; se não for é muita incompetência.

Governador, Jorge Amado merece não só uma, mas várias estátuas na Bahia, notadamente em Salvador. Ele já fez pela Bahia o que muitos baianos, e falsos baianos, hoje notórios, jamais farão em todas as suas vidas -somadas.

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