domingo, dezembro 25, 2005

Esperanças natalinas....





Hoje, dia de Natal, perdi meu celular quando caminhava na praia e fiquei desesperada. Não pelo celular, que era simplezinho, embora cumprisse a função primária de um celular que é de ligar e receber ligações, mas porque continha minha preciosa agenda e era de conta.
“Tomara que tenha caído no mar e Iemanjá tenha levado”, pensei preocupada.
Tentei ligar para a Vivo por mais de uma hora para pedir o bloqueio do meu número, sendo atendida pela gravação que me passava para um número que chamava, chamava e ninguém atendia ( ué, a operadora não anuncia que funciona 24h?).
Comecei a fantasiar: e se a pessoa que o encontrou resolvesse ligar para os EUA, para a Tailândia, para o diabo que o carregue, de quanto seria minha conta?
Para me precaver, fui a uma delegacia e fiz um Boletim de Ocorrência.
De volta para casa, resolvi ligar para o meu celular. Uma voz de mulher atendeu. Eu perguntei quem estava falando e ela disse: a pessoa que encontrou o seu telefone. Conversei rapidamente e ela me contou que o filho achou o celular e que ela e o marido ficaram olhando para ver se alguém o procurava- eu fiz isso, mas não deve ter sido exatamente no local onde eu o perdi.
Achando que ela iria me cobrar alguma coisa indaguei o que eu precisava fazer para pegar meu celular de volta e ela respondeu: “vir pegar”. Me deu o endereço do seu apartamento e algumas horas depois o celular estava em minhas mãos.
Dona Marlene, este é o nome dela, é paulista e está morando há pouco tempo em Salvador.
Fiquei aliviada, e pensei que este tinha sido um bom presente de Natal. Não pelo celular, que como eu disse é básico, mas pelo senso de dever e a honestidade das pessoas que o encontraram. Isto meu deu esperanças. Talvez não devamos estar tão céticos em relação ao Brasil e ao seu povo. Nem sempre todos querem levar vantagem. Muitos querem ajudar. Talvez, quem sabe, a verdade seja a de que dona Marlene e sua família façam parte da regra e não da exceção. É reconfortante pensar nisso...
Feliz Natal!

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